terça-feira, 9 de abril de 2013

Do papel à blogosfera
A palavra como semente em terra fértil

Ao navegar na Internet, na quarta-feira, li que 20 de março é o Dia do Blogueiro. Mas não encontrei nada que confirmasse a informação. Para mim, todo dia é dia para quem escreve. Blogueiro. Confesso, não gosto da palavra.
Parece-me, não estou só. O jornalista Alberto Dines contesta o termo. Em relação à jornalista cubana Yoani Sanchez, Dines escreveu: “Yoani não é blogueira. Blog não é ofício, nem status profissional, é formato de veículo. Ninguém diz ‘fulano é revisteiro’, diz ‘fulano é jornalista’ porque hoje pode estar num semanário e, amanhã, à frente de um vistoso blog”.
Mas, isso pouco importa. Gosto do exercício da escrita, que me dá satisfação, embora, muitas vezes, essa prática seja tão penosa como a labuta de quem quebra pedras. Falta-me a facilidade dos grandes escritores, no manejo da palavra. No seu afã e habilidade, o texto desses homens e mulheres flui como as águas de um rio.  
Apesar da limitação de quem não teve tanto acesso aos livros na infância, havia a sede da palavra (meu material escolar se resumia a um pequeno caderno e lápis grafite, com uma borracha na cabeça, em um saco plástico transparente). Mesmo sendo muito tímido, sempre arrisquei quando a professora primária mandava fazer uma composição, nome da redação, naquela época.
As primeiras letras na escola estimularam a pretensão. Decidimos criar um “jornal”. Assim, nasceu “O Beija-Flor”, de apenas uma página, manuscrita, que passava pelas mãos de uns cinco colegas em sala de aula. Depois, passamos a colaborar com jornais. Aumentava, digamos, a interação. A resposta de alguns “leitores”, poderosos, que se sentiam contrariados, não era exatamente o que se poderia chamar de pacífica.  
Eis que chegamos à era tecnológica, com os blogs. Um novo suporte para a escrita, com múltiplas possibilidades de disseminação de conteúdo. Texto, fotografia, áudio e vídeo num mesmo espaço. A convergência das mídias. A notícia e a opinião. O comentário do leitor, por vezes agressivo e tingido pelas cores que revelam a paixão e a preferência político-partidária, é combustível para a resposta à altura, com respaldo nos fatos e nos argumentos.
A condição de moderador, no entanto, inibe o impulso contra o desaforo. Mostra que a lâmina que corta pra lá, também dilacera pra cá. Pela falta desse controle, muita gente já não vive. Um mínimo de razão vence a emoção. Então, melhor seguir o conselho bíblico e optar pela palavra que abranda o furor e, como uma espécie de bálsamo, trata as feridas à flor da pele.
Fascina-me na blogosfera, quando seu potencial de hiperlink desfaz fronteiras e aproxima pessoas, remetendo à sabedoria do poeta Vinícius de Moraes. “A vida é a arte do encontro, embora haja tantos desencontros pela vida”. Com os olhos da fé, listo dois fatos, como providência divina, em que o blog se constituiu em mero instrumento.  
Uma norte-rio-grandense de Ipanguaçú, residente no Rio de Janeiro, encontrou o blog via sistema de busca do Google e, através dele, a madrinha, em cuja casa, há 30 anos, morou. Também após 30 anos, um jovem capixaba conheceu o pai que o deixara, com sua mãe, quando tinha 12 anos.
Do suporte de papel à impressão virtual, são muitos anos. Escrevo como quem busca no lugar distante a pessoa amada. Uma palavra atrás da outra. Persisto como o agricultor que lança a semente em terra fértil e vislumbra o trigo que será pão para saciar a fome da criança. 
Navego nesse ciberespaço e corro atrás da oportunidade para a construção/desconstrução, a afirmação e o contraditório do dito e do não-escrito. Esforço-me para conceber a interação como alma e essência da blogosfera. Tenho esperança de que, qualquer dia, as palavras reunidas aqui caiam nos corações das pessoas, como sementes numa terra boa e produzam bons frutos.

domingo, 7 de abril de 2013

Livro de Dudé Viana conta história da família Carneiro



Leio A Saga Benevides Carneiro – a história da família mais diversificada do RN. José Viana Ramalho, Dudé Viana, é o autor do livro. Ele faz uma viagem no tempo, em municípios da região Oeste e em outros Estados para contar a história da família Carneiro.

Numa grande reportagem, como autor e personagem, Dudé narra fatos marcantes, como o caso do assalto dos 94 milhões do Plano de Emergência.

Entretanto, Dudé mostra que a família – estigmatizada pelo envolvimento em tragédias – é composta, também, por operários, pecuaristas, comerciantes, políticos, educadores, engenheiros, administradores, padres, cantores (como ele próprio) da música popular e evangélica, médicos, cientistas e até pós-doutores.

O artista Dudé Viana



Dudé Viana (José Viana Ramalho) nasceu no município de Caraúbas-RN, em 5 de julho de 1950. Cantor, compositor e violonista, começou sua carreira musical no ano de 1972, em Natal, e não parou mais de cantar. Representante de uma corrente de música popular brasileira, com raízes nordestinas, canta e toca de uma maneira original e intimista, conduzindo o ritmo ao violão e a voz. Dudé Viana é um talento nato: influenciado por violeiros que sempre faziam cantoria na residência do seu avô, João Francisco Viana. Aos 10 anos já tocava gaita no interior do RN e logo depois aprendeu a tocar violão e a compor músicas.

Discografia: "Seca no Sertão" (1980), "Embaixo das Estrelas" (1987), este com a cantora e atriz Maria Zenaide, o CD "Violas e Cantigas" (1997), com participação do compositor e cantor Delei Duarte, o CD "Acredite em Você" (2002), o CD Acústico e ao vivo "Papo Show - Isso só acontece comigo!" (2009), com participações do grupo Meirinhos do Forró e do sanfoneiro Caçula Benevides, e o seu mais recente trabalho, o CD "O Andarilho das Canções" (2011).

Participou de importantes projetos coletivos de discos como "Marechal Hermes - 90 anos de encontros musicais", AsCEM (2002), no Rio, com a música de sua autoria 'Toque a Vida', do CD da Assembleia Cultural - AL/RN (2006), em Natal, com a música de sua autoria 'Acredite em Você', e do CD "Marechal Hermes - 95 anos de encontros musicais", AsCEM - RJ (2008), com a música 'Ah! Se eu fosse um poeta', de sua autoria em parceria com Salete Pimenta Tavares. E ainda "Seis e Meia", no Rio e em Natal, "Fim de Tarde" no Rio e shows no "SESC/São Paulo", e em espaços de diversos estados brasileiros como Distrito Federal, Amapá, Minas Gerais e Paraná.

Eterno aprendiz

Agora, você vai ler a nossa Impressão Virtual, aqui, www.paulomartins.blogspot.com

É que o espaço do www.paulomartinsblog.zip.net , no Uol, esgotou.

Abre-se uma nova perspectiva no ciberespaço, mas os objetivos são os mesmos. Opinião, notícia, interação.

Continuamos a lançar o olhar sobre o mundo, a refletir e a compartilhar com você a nossa impressão virtual sobre o cotidiano.

Sobretudo, perseveramos na busca do conhecimento sobre a vida, como eterno aprendiz.

Que Deus nos abençoe. 


Museu Lauro da Escóssia



Ao passar por completa restauração de sua estrutura física e ser devolvido à população pela administração da então prefeita Fafá Rosado, as novas cores -  lilás e rosa - do Museu Municipal Lauro da Escóssia causaram polêmica, principalmente em alguns veículos da mídia mossoroense. Estética e polêmica à parte, vale a pena visitar o Museu Lauro da Escóssia e conhecer seu acervo. Construído no Século XVIII, o próprio prédio é a preservação de uma parte da história de Mossoró. No local, funcionaram a Cadeia Pública e a Câmara Municipal de Mossoró.

Salário - A ideia do presidente do Equador, Rafael Correa, de estabelecer um salário-base mensal de 817 dólares para repórteres formados, daquele país, recebeu muitas críticas, segundo a revista Imprensa. De acordo com Rafael Correa, há jornalistas ganhando apenas 292 dólares por mês. O presidente do Equador anunciou projeto que pretende subsidiar parte do aumento salarial dos jornalistas do país. Ao rebater as críticas, Rafael Correa afirmou que os jornalistas devem ganhar o mesmo piso que os professores, considerando a importância das duas categorias para o país.

Emancipação - Na quinta-feira, o município de Governador Dix-sept Rosado completou 50 anos de emancipação política. Do ponto de vista do marketing oficial, um dia para comemoração. Para quem tem raízes no município, um dia para reflexão.

Perguntas - Como está Dix-sept Rosado, um município de 12.340 habitantes e de 11.954 eleitores? Como funcionam saúde, educação, habitação e segurança, por exemplo, serviços essenciais à população?

Reflexão - Pense nos itens acima e acrescente os seus.

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Churrascaria José do Egito 



Ao visitar Mossoró, conheça a churrascaria José do Egito, que oferece comida regional saborosa. No cardápio, carne de sol e macaxeira, feijão verde, arroz ao leite, costela de carneiro, costela e picanha de porco. Marmitas e quentinhas. Localização: Rua Moacir Melo, Bairro Nova Betânia. Contatos pelos telefones 84-9971-4065, 8723-4065 e 9135-4512 e por e-mail egitochurrascaria@hotmail.com.

IPTU – Os contribuintes do Imposto Sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana (IPTU), em Mossoró, terão até o dia 10 de maio para pagar o tributo com desconto de até 40 por cento. Para saber mais acesse o site da Prefeitura de Mossoró, AQUI.

quinta-feira, 4 de abril de 2013


Na ausência de apoio à agricultura, a lição que vem do pequeno produtor




Em meio a tantas adversidades, sob os efeitos de uma das maiores secas dos últimos tempos, um exemplo de perseverança e resistência vem da agricultura familiar. Das terras secas, brotam tomate e cebola de qualidade, prova de que Governador Dix-sept Rosado mantém viva a vocação para a produção agrícola, mesmo quando inexiste política pública para apoiar a atividade rural.

O pequeno produtor, anônimo, ignora os obstáculos, bate às portas em busca de financiamento. E, com a força do trabalho familiar, tira do solo tomate e cebola para o consumo próprio, mas também para melhorar a sua renda.

Mais do que isso, o homem do campo dá uma lição a quem se omite na execução de uma política de incentivo ao desenvolvimento sustentável.