Sementes de alho produzido em Dix-sept Rosado
podem
estar desaparecendo
As sementes da cultura do alho, preservadas em
Governador Dix-sept Rosado durante décadas por pequenos produtores, podem estar
desaparecendo. Isso porque aos poucos eles estão desistindo do plantio da
espécie conhecida como Branco Mineiro ou Branco Mossoró. É o caso de seu
Sebastião Saturnino da Costa Filho, 75 anos, segundo o qual a idade avançada e
outros fatores contribuíram para a desistência.
A iniciativa solitária de pequenos produtores é o que ainda resta (ou restava) para preservar as sementes da cultura que, anos atrás, representou geração de renda para famílias e fomento para a economia de Governador Dix-sept Rosado.
O trabalhador rural, mais conhecido como Tião de Selado, num esforço individual, com o apoio da esposa, dona Maria Madalena de Morais Costa, 71 anos, e de outros familiares, plantou alho por décadas numa faixa de terra de sua propriedade, próxima ao rio Apodi-Mossoró, no sítio Gangorrinha, situado a 4 quilômetros da cidade.
Homem habituado a tirar da terra o sustento, com braço forte e o suor do rosto, Tião de Selado agora sobrevive basicamente de sua aposentadoria, consciente de que cumpriu com honradez a dura jornada na zona rural do município. Recentemente, ele repassou as últimas réstias ou tranças do alho colhido a um vendedor ambulante que exerce atividade comercial ao lado da Catedral de Santa Luzia, no Centro de Mossoró.
Ao longo dos anos, a falta de recursos para investir em sistema de irrigação na produção de alho limitava produtores como seu Tião a plantarem somente no período das escassas chuvas registradas na região. Além disso, uma praga afetou duramente a cultura, que ainda enfrentaria a concorrência do alho importado, tipo o argentino.
Tião de Selado entrançou muito alho lá em casa de papai, Chico de Manuel Cota. Gostava muito de café. Era junto com Tarcísio (o mestre) os preferidos de papai.
ResponderExcluirUma geração de homens trabalhadores.
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