Um fio de esperança
Parece ser algo nostálgico, o que vou
dizer. Mas, como foram bons meus tempos de menino e de juventude. Apesar das
dificuldades materiais e financeiras, havia um “mundo” ao meu redor, no qual eu
podia me mover. Bastava meu pai ficar sem uma de suas meias, e tínhamos uma
bola de futebol.
Melhor explicar para os meninos de hoje.
Com uma meia de sapato, retalhos de pano, linha, agulha e um pouco de
criatividade fazia-se uma bola para jogar no quintal de casa ou nos muitos
espaços existentes à época.
Nos dias atuais, dói no coração ver os
descaminhos pelos quais tantos garotos e jovens enveredam. A indisposição para
o trabalho, a bebida e as drogas os arrastam nas periferias para a
marginalidade e os desviam do que deveria ser o curso natural de suas vidas.
O namoro, os estudos, a formação
profissional, o trabalho e a constituição de uma família vão ficando distante de
sua realidade.
Para nós, tudo era tão limitado, mas havia
satisfação, embora existisse a inquietação inerente a todo menino que sonha. Apesar
das adversidades, sempre havia no brilho dos olhos um fio de esperança em
relação ao amanhã.
Nenhum comentário:
Postar um comentário