terça-feira, 9 de abril de 2019


Mossoró impermeável

A população de uma Mossoró de solo impermeabilizado sofreu, notadamente no sábado dia 30 de março, com alagamentos em diferentes pontos. As águas da forte chuva daquela tarde causaram transtornos do centro à periferia, invadindo casas e estabelecimentos comerciais.

O alagamento afetou vias de grande fluxo, como as avenidas Alberto Maranhão, Diocesano, Rio Branco, João Marcelino, João da Escóssia, ruas José Damião e Marechal Deodoro, só para citar algumas.  

A pavimentação de ruas, as construções de condomínios verticais e horizontais, estabelecimentos comerciais e obras de infraestrutura como viadutos, sem serviços de drenagem adequados, seriam as principais causas do quadro caótico, em dias de chuvas mais intensas.

Asfalto, pedra, concreto, ferro e cimento, em metros cúbicos e quadrados impermeabilizaram bairros de Mossoró. Sem mencionar o lixo jogado por uma parcela da população, em canais e galerias, as quais deveriam possibilitar o fluxo das águas.

domingo, 24 de fevereiro de 2019

Planejamento urbano 
precisa disciplinar construções
 às margens do rio e da RN 117

Foto: Paulo Martins


A beleza rara de Poço das Pedras, que sobrevive à depredação

Algo precisa ser feito em termos de planejamento urbano, para disciplinar as construções às margens da RN 117 e do Rio Apodi-Mossoró, em Governador Dix-sept Rosado, principalmente no trecho que compreende a saída para a cidade de Caraúbas.

As edificações nas proximidades do rio e da rodovia afetam o meio ambiente (em relação ao rio) e a segurança no tráfego (no que diz respeito àquela via), sem falar no prejuízo à estética urbana.

Em Dix-sept Rosado, o Rio Apodi-Mossoró possui trechos de rara beleza. Um exemplo é o “Poço das Pedras”, à margem da RN 117, à saída para Caraúbas.

Apesar da depredação na referida área, a natureza ainda preserva margens compostas por rochas calcárias, mata ciliar e água cristalina, em parte de seu leito.

A educação ambiental e a melhora do visual urbano constaram de ações da gestão do prefeito Gilberto Martins (1997-2000/2001-2004). Naqueles anos, por exemplo, o município erradicou uma favela na saída para Caraúbas, substituída por 70 casas de alvenaria.

Houve resistência de uma parte dos moradores, os quais não queriam que as casas de taipa fossem demolidas. A administração passou por desgaste até que houvesse o convencimento das pessoas contempladas com novas casas.

Ao mesmo tempo, a gestão municipal planejava preservar a área denominada Poço das Pedras, inclusive com a retirada de uma construção sobre uma furna (caverna), de modo que passasse a ser um local visitado por pessoas de Dix-sept Rosado e até de outros municípios.

Diante da incompreensão de algumas pessoas e de mais um desgaste, o projeto terminou sendo adiado.

Com o passar dos anos, construções de estabelecimentos comerciais e de prestação de serviços ocorreram naquela área, muito próximas tanto da rodovia quanto do curso dor rio.

terça-feira, 12 de fevereiro de 2019

Economia do campo


Nas minhas poucas andanças aqui pelo nosso Estado, e também no vizinho Ceará, fico admirado com empreendimentos erguidos a partir de produtos baseados na produção do campo, agricultura e pecuária familiar. 

No RN, as queijeiras (ou queijarias) localizadas na região entre Angicos e Assú, à margem da BR 304, movimentam a economia regional. 

Uma delas é a Opção, localizada no sítio Sombra, município de Angicos, no quilômetro 135 da BR 304, da empresária Jaciane da Silva Pereira. O queijo de manteiga está entre os produtos preferidos pelos clientes, assim como o leite, o café, tapiocas, massas e doces. 

Na localidade de Quatro Bocas, em Beberibe – CE, a Tapiocaria Parada Obrigatória, do comerciante Marcos Carvalho, também é exemplo de sucesso. Evidentemente, a tapioca de goma, com recheios de queijo de manteiga, coalho e carnes, é o destaque na preferência de seu público. Parada Obrigatória está localizada no quilômetro 100, da Rodovia CE 040.  

Lembro que, tempos atrás, comércios estabelecidos à beira da RN 117, próximos a localidades como Camurim, por exemplo, entre Governador Dix-sept Rosado e Mossoró, eram pontos de parada para muitos viajantes. O bolo de leite, com cafezinho, satisfazia os consumidores. 

A propósito do assunto, no dia 23 de fevereiro do ano passado escrevi: 



É preciso recomeçar

As dificuldades econômicas nos últimos anos, no País, afetam sobretudo os pequenos municípios. E exigem das gestões a busca de meios ou utilização daqueles que estão ao alcance das mãos produtoras. 

Numa região marcada pela escassez das chuvas, quando elas, caem é preciso saber aproveitá-las da maneira mais racional possível. 

Preparar o solo e lançar as sementes, no tempo certo, pode ser um passo para retomar o crescimento, a partir do campo. Se não, pelo menos sair da estagnação atual. 

Esse recomeço passa pela vocação dos pequenos produtores nas atividades primárias. A exploração de culturas tradicionais como milho, feijão, jerimum, batata doce, melancia, cebola, tomate e pimentão, por exemplo, sustentaram famílias ao longo dos anos. 

Sem excluir a criação de animais bovinos, caprinos, ovinos e suínos, que também se constituiu base da pecuária familiar, é necessário fortalecer o setor primário da economia, que repercute no comércio e até na indústria alimentícia. 


Em síntese, a retomada do crescimento passa pelo resgate das vocações de homens e mulheres e pode despertar as novas gerações para o trabalho e o desenvolvimento sustentável.  

sábado, 12 de janeiro de 2019

O Ceará é aqui

A onda de ataques que assola o Estado do Ceará chamou a atenção do País e de outras unidades da Federação. Há pelo menos 10 dias, facções criminosas promovem o terror em Fortaleza e em cidades do interior cearense.

Mas, o que ocorre no vizinho estado, potencialmente está presente em todo o País, e, em particular, no nosso Estado.

Todos os dias, em algum lugar deste país (particularmente no Rio Grande do Norte) acontecem assaltos, assassinatos, invasões a residências explosões em agências bancárias, consequência das variadas formas de agir do crime organizado.

O quadro atual não de se desenhou da noite para o dia. Há pelo menos uns 40 anos ganhou impulso nas grandes capitais e metrópoles e se espalhou pelo Brasil, diante da inércia e da perplexidade de todos nós.

Agora, já era. Não há outra forma senão enfrentar, não só os seus efeitos, mas, também as suas causas.

O que esperar de um país onde quase 55 milhões pessoas vivem em situação de pobreza?

Qual o futuro de uma criança que vive, por exemplo, em comunidades como Santa Helena, Fio e Forno Velho, em Mossoró, por exemplo.

Verdadeiramente, a solução para a violência no nosso país não virá com a permissão legal para a posse de armas pelo cidadão tampouco com a ação de snipers (atiradores de elite) nas áreas dominadas pelas facções.

Deve-se começar com ações que contemplem as desigualdades sociais no território brasileiro.

domingo, 18 de novembro de 2018

João Nepomuceno exerceu liderança na política e no futebol




Conseguimos identificar:

Em pé, João Nepomuceno (de óculos), João Cueca (3º), Mário Caiano (4º), Rolinha (6º); agachados, Chora, Oto e (penúltimo) Nilton Dantas (aparentemente).


Dia desses, tivemos a oportunidade de encontrar uma filha de João Nepomuceno, que militou na política e atuou no futebol amador, em Governador Dix-sept Rosado.

Pelo que tomamos conhecimento, seu João Nepomuceno da Silveira, foi candidato a prefeito, nas eleições de 1963, quando Severino Ramos Vieira saiu vitorioso.

João Nepomuceno também foi um abnegado em favor do futebol amador em Dix-sept Rosado. Tempos depois, mudou-se para o município de Baraúna.

Sem ter recebido homenagem na terra onde viveu parte de sua vida, em breve João Nepomuceno figurará nas páginas do novo livro do escritor Anagito Boy Dias Veira, de título Uma viagem nos arquivos dix-septienses.

Pessoas, serviços, futebol e livros

É sempre bom reencontrar pessoas que prestam serviços e contribuem com o desenvolvimento da nossa terra em áreas diversas, entre as quais o esporte.
No sábado passado (10 de novembro), estivemos com Edmilson José Xavier (Edmilson de Zé Jacó), como ele ficou conhecido em Dix-sept Rosado, onde atua como sapateiro, serviços de capotaria e reforma de sofá.

Mas, Edmilson firmou laços em Governador Dix-sept Rosado, também em virtude da participação no esporte amador, especificamente no futebol. Além de gostar de treinar, Edmilson fundou o Palmeiras, que depois ganharia o nome de Dix-septiense e manteria as cores verde e branca.

Numa época tida como de ouro no futebol sebastianopolitano, Edmilson Jacó ganhou o apelido de Telê, em clara referência ao festejado treinador Telê Santana, do São Paulo e da Seleção Brasileira, na década de 80.


Anagito Boy e os Arquivos dix-septienses





No estabelecimento de Telê, encontramos o escritor Anagito Boy, que prepara um novo livro, intitulado Uma viagem nos arquivos dix-septienses. Anagito é autor dos livros Patronos e Severino Ramos.

Ao lado de Anagito Boy, seu irmão, ex-vereador, ex-presidente da Câmara Municipal e ex-técnico do Sport Club Corinthians Dix-septiense, que marcou época no futebol local. Ageu desenvolve pesquisa e também pretende lançar um livro.

sexta-feira, 23 de fevereiro de 2018

É preciso recomeçar

As dificuldades econômicas nos últimos anos, no País, afetam sobretudo os pequenos municípios. E exigem das gestões a busca de meios ou utilização daqueles que estão ao alcance das mãos produtoras. 

Numa região marcada pela escassez das chuvas, quando elas, caem é preciso saber aproveitá-las da maneira mais racional possível. 

Preparar o solo e lançar as sementes, no tempo certo, pode ser um passo para retomar o crescimento, a partir do campo. Se não, pelo menos sair da estagnação atual. 

Esse recomeço passa pela vocação dos pequenos produtores nas atividades primárias. A exploração de culturas tradicionais como milho, feijão, jerimum, batata doce, melancia, cebola, tomate e pimentão, por exemplo, sustentaram famílias ao longo dos anos. 

Sem excluir a criação de animais bovinos, caprinos, ovinos e suínos, que também se constituiu base da pecuária familiar, é necessário fortalecer o setor primário da economia, que repercute no comércio e até na indústria alimentícia. 

Em síntese, a retomada do crescimento passa pelo resgate das vocações de homens e mulheres e pode despertar as novas gerações para o trabalho e o desenvolvimento sustentável.