sábado, 25 de maio de 2019


É bom lembrar

Mutilados
O ano era 1981. Francisco da Silva, Fifíi de João Ferreira me procurou. “Faça uma letra. Vamos participar do Fecomp” (Festival de Compositores Populares, promovido pela Rádio Rural de Mossoró).

 Fui pra casa e escrevi. Passei pra Fifíi e ele, com o hoje bancário aposentado Alderi Nascimento, pôs a melodia na letra. No dia seguinte, estávamos na Rádio Rural, nos inscrevendo para o Festival.

Participamos da eliminatória, com dezoito concorrentes, e ficamos entre os cinco classificados. Entre os tais, João de Deus e Zélia, Lázaro (Amab), Helena e Ubirajara e Gonzaguinha Oliveira, que virou Gonzaga Sevla e hoje canta em São Paulo com o nome artístico Luís Fábio (recentemente compôs uma música para a TV Cabo Mossoró).

Na final, Dídimo de Paula, que fora a Mais Bela Voz, e estava no auge, foi escolhido o melhor intérprete.

Eis a letra de Mutilados, composta há 37 anos, quando este blogger tinha 18 anos.  

Nos céus os gigantes pássaros de prata/Voam por cima do farrapo das matas/Deixando sobre elas, a intriga das nações/Homens tombam contra o solo sem reação/Estampidos de canhão por toda parte/Humanos na defesa de um estandarte

Vamos seguindo na trilha da ambição/Todos competindo pelo poder na mão/Vamos pisando no sangue derramado/Dos nossos semelhantes mutilados//
Estampidos de canhão por toda parte/Humanos na defesa de um estandarte/Que se rasgado tal um terno costurado/Homens mortos serão cremados/Soldados mortos seus corpos decompostos/Comandantes nos seus elevados postos/Generais recebem as medalhas/Honrarias pelo triunfo da batalha.

Vamos seguindo na trilha da ambição/Todos competindo pelo poder na mão/Vamos pisando no sangue derramado/Dos nossos semelhantes mutilados//

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