domingo, 24 de fevereiro de 2019

Planejamento urbano 
precisa disciplinar construções
 às margens do rio e da RN 117

Foto: Paulo Martins


A beleza rara de Poço das Pedras, que sobrevive à depredação

Algo precisa ser feito em termos de planejamento urbano, para disciplinar as construções às margens da RN 117 e do Rio Apodi-Mossoró, em Governador Dix-sept Rosado, principalmente no trecho que compreende a saída para a cidade de Caraúbas.

As edificações nas proximidades do rio e da rodovia afetam o meio ambiente (em relação ao rio) e a segurança no tráfego (no que diz respeito àquela via), sem falar no prejuízo à estética urbana.

Em Dix-sept Rosado, o Rio Apodi-Mossoró possui trechos de rara beleza. Um exemplo é o “Poço das Pedras”, à margem da RN 117, à saída para Caraúbas.

Apesar da depredação na referida área, a natureza ainda preserva margens compostas por rochas calcárias, mata ciliar e água cristalina, em parte de seu leito.

A educação ambiental e a melhora do visual urbano constaram de ações da gestão do prefeito Gilberto Martins (1997-2000/2001-2004). Naqueles anos, por exemplo, o município erradicou uma favela na saída para Caraúbas, substituída por 70 casas de alvenaria.

Houve resistência de uma parte dos moradores, os quais não queriam que as casas de taipa fossem demolidas. A administração passou por desgaste até que houvesse o convencimento das pessoas contempladas com novas casas.

Ao mesmo tempo, a gestão municipal planejava preservar a área denominada Poço das Pedras, inclusive com a retirada de uma construção sobre uma furna (caverna), de modo que passasse a ser um local visitado por pessoas de Dix-sept Rosado e até de outros municípios.

Diante da incompreensão de algumas pessoas e de mais um desgaste, o projeto terminou sendo adiado.

Com o passar dos anos, construções de estabelecimentos comerciais e de prestação de serviços ocorreram naquela área, muito próximas tanto da rodovia quanto do curso dor rio.

terça-feira, 12 de fevereiro de 2019

Economia do campo


Nas minhas poucas andanças aqui pelo nosso Estado, e também no vizinho Ceará, fico admirado com empreendimentos erguidos a partir de produtos baseados na produção do campo, agricultura e pecuária familiar. 

No RN, as queijeiras (ou queijarias) localizadas na região entre Angicos e Assú, à margem da BR 304, movimentam a economia regional. 

Uma delas é a Opção, localizada no sítio Sombra, município de Angicos, no quilômetro 135 da BR 304, da empresária Jaciane da Silva Pereira. O queijo de manteiga está entre os produtos preferidos pelos clientes, assim como o leite, o café, tapiocas, massas e doces. 

Na localidade de Quatro Bocas, em Beberibe – CE, a Tapiocaria Parada Obrigatória, do comerciante Marcos Carvalho, também é exemplo de sucesso. Evidentemente, a tapioca de goma, com recheios de queijo de manteiga, coalho e carnes, é o destaque na preferência de seu público. Parada Obrigatória está localizada no quilômetro 100, da Rodovia CE 040.  

Lembro que, tempos atrás, comércios estabelecidos à beira da RN 117, próximos a localidades como Camurim, por exemplo, entre Governador Dix-sept Rosado e Mossoró, eram pontos de parada para muitos viajantes. O bolo de leite, com cafezinho, satisfazia os consumidores. 

A propósito do assunto, no dia 23 de fevereiro do ano passado escrevi: 



É preciso recomeçar

As dificuldades econômicas nos últimos anos, no País, afetam sobretudo os pequenos municípios. E exigem das gestões a busca de meios ou utilização daqueles que estão ao alcance das mãos produtoras. 

Numa região marcada pela escassez das chuvas, quando elas, caem é preciso saber aproveitá-las da maneira mais racional possível. 

Preparar o solo e lançar as sementes, no tempo certo, pode ser um passo para retomar o crescimento, a partir do campo. Se não, pelo menos sair da estagnação atual. 

Esse recomeço passa pela vocação dos pequenos produtores nas atividades primárias. A exploração de culturas tradicionais como milho, feijão, jerimum, batata doce, melancia, cebola, tomate e pimentão, por exemplo, sustentaram famílias ao longo dos anos. 

Sem excluir a criação de animais bovinos, caprinos, ovinos e suínos, que também se constituiu base da pecuária familiar, é necessário fortalecer o setor primário da economia, que repercute no comércio e até na indústria alimentícia. 


Em síntese, a retomada do crescimento passa pelo resgate das vocações de homens e mulheres e pode despertar as novas gerações para o trabalho e o desenvolvimento sustentável.