quarta-feira, 27 de novembro de 2019

Persistência de produtor mantém viva a produção de alho em Governador Dix-sept Rosado




Governador Dix-sept Rosado é um município com vocação agrícola. E a atividade deveria merecer atenção especial de toda gestão. 

No domingo, 17 de novembro, estive com seu Tião de Selado, no sítio Gangorrinha, que, apesar de todas adversidades, persiste na produção do alho da espécie Branco Mossoró ou Branco Mineiro e na preservação da semente. 

De seu Tião, adquiri uma trança de alho composta por cem bulbos ou cabeças de alho, para presentear a uma pessoa de Mossoró, que me fez o pedido dias atrás. 

Mais do que o presente, o objetivo é mais de reconhecer, com um pequeno gesto, o esforço do nosso homem do campo e levar o nome do nosso município. Seu Tião de Selado nos representa.

A produção de alho em Governador Dix-sept Rosado representou, nos anos 70, uma das principais fontes de renda para a economia do município. O surgimento de um tipo de praga praticamente extinguiu a cultura, que só não foi apagada totalmente do mapa das atividades agrícolas locais, graças a esforço de trabalhadores como o de seu Tião de Selado.

Apesar da vocação para o cultivo agrícola, os pequenos produtores sofrem com as intempéries naturais e também com a ausência políticas públicas, indispensáveis para viabilizar essas atividades primárias da economia.


terça-feira, 17 de setembro de 2019

Dix-septiense Luís Vieira
deixa muitas lembranças e saudade



No final da tarde do último domingo, tomei conhecimento de que, Luís Vieira, um amigo de feliz convivência nos anos 80, em Governador Dix-sept Rosado, havia falecido em Guarulhos (SP). Luís Andrade, como nós o chamávamos àquela época, era um dos amigos mais queridos por todos da turma. 

Quantas lembranças guardamos dele, dos tempos dos jogos de futebol, da escola, das caminhadas pelas ruas da cidade, das festas, dos banhos nas águas do rio, após as práticas esportivas, nos finais de tarde, e dos passeios no Poço Feio.

Tínhamos o privilégio da convivência com ele e sua família, que era composta por comerciantes, os quais recebiam a todos tão bem.

Luís tinha um bom coração e era sem dúvida uma das melhores pessoas da nossa convivência - senão o melhor de todos nós.

Nos últimos anos, não tivemos o privilégio de encontrá-lo pessoalmente. Nossos contatos foram pelas redes sociais. Ele chegou a revelar o desejo de vir morar no Rio Grande do Norte, mas admitiu que, a necessidade de cuidar de uma filha querida, exigia a permanência dele e da esposa, Lucia Costa, num centro maior, por mais um tempo. 

Ficam as lembranças e a saudade do querido amigo. Que Deus conforte a família que ele tanto amou.

quinta-feira, 25 de julho de 2019


Marquinhos do Balneário

Num só lugar, produção agrícola, criação de peixes, restaurante e lazer


Marquinhos é filho de Naci de Afonso



Viveiro de peixes que vão para o restaurante

Poucas vezes se mencionou tanto a necessidade de se investir em empreendedorismo, em novas iniciativas, como nos dias atuais. Nos últimos anos, a cidade de Governador Dix-sept Rosado perdeu postos de trabalho nas áreas da construção civil, exploração de petróleo e na produção de cal. Em meio ao cenário adverso, pessoas como o construtor e comerciante Marcos Antônio Pereira procuram encontrar alternativas para obter renda.


faz parte do prato principal



Assim, há quatro anos surgiu o Balneário e Restaurante do Marquinhos, que tem como prato principal peixe tilápia, assado na brasa, e baião de dois. O estabelecimento fica localizado numa área verde, no antigo sítio Cigana (a 1 quilômetro do centro da cidade), hoje continuidade da Rua Manoel Joaquim, logradouro que começa ao lado da Igreja de São Sebastião e se estende paralelamente ao rio Apodi-Mossoró e à Rodovia RN 117.

Aos sábados e domingos, os clientes são recebidos pelo próprio Marquinhos e a sua equipe. Sob a sombra de frondosas árvores como oiticica e nim indiano, em meio a coqueiros, bananeiras e próximos à plantação de macaxeira, famílias, amigos e visitantes se deliciam com o cardápio regional e se refrescam no revigorante banho de piscina.


Irrigação permite cultivo de macaxeira
e outras culturas 


A água usada no ambiente do balneário é captada do rio Mossoró. Abastece as piscinas e é aproveitada, por um sistema de pequenos dutos, na irrigação das plantas existentes no ambiente.

Como quem absorveu a lição de que se deve aprender a pescar e se inspira no milagre da multiplicação dos pães, Marquinhos produz parte do que comercializa. Num viveiro, no fundo do terreno, cria peixe da espécie tilápia, que faz parte do prato principal do restaurante. 

Do solo fértil, da pequena gleba, resultado do esforço e do suor do produtor, brotam macaxeira e feijão, mangas e bananas, que satisfazem os consumidores e garantem o sustento da família.  

Aqui, um pequeno recorte de uma história de vida de Marcos Antônio Pereira, Marquinhos do Balneário, que revela o potencial humano, social e econômico de Dix-sept Rosado.

Para contato com Marquinhos do Balneário, ligue 84-99693-2164.


Como chegar ao Balneário do Marquinhos

Quem chega ou está de passagem por Governador Dix-sept Rosado e deseja conhecer o balneário, pode fazer o seguinte: 

vindo de Mossoró,  basta entrar à direita, no semáforo, pegar a Rua Machado de Aguiar até a Rua Manoel Joaquim, onde deve virar à direita. 

Então, é só seguir reto em torno de um quilômetro para encontrar o restaurante do Marquinhos, à direita. 



Família em momento de lazer no balneário




Espaço amplo e arborizado...





... recebe clientes aos sábados e domingos

De uma geração a outra
A esperança em tempos melhores
por meio do trabalho


Ex-vice-prefeito e ex-secretário Júnior Afonso

A necessidade de trabalhar desde a adolescência dificultou para que Marcos Antônio Pereira, Marquinhos do Balneário, dedicasse tempo aos estudos. Dos pais, seu Antônio Neci Pereira (Naci) e dona Raimunda Maria Pereira, no entanto, recebeu a orientação para direcionar suas forças ao trabalho árduo. Desse modo, escreve o nome na história de Governador Dix-sept Rosado.  

Seu Naci, pai de Marquinhos, é de uma família de 11 irmãos, filho de seu Afonso Paulo Pereira e Maria Madalena do Nascimento Pereira. Parte deles comercializava carne no Mercado Público de Governador Dix-sept Rosado. Eram marchantes, como se dizia no município, que passaram a atividade para as novas gerações.

Da união de seu Afonso e dona Madalena nasceram Paulinho Paulo Pereira, Espedito Paulo Pereira, Antônio Raimundo Pereira (Raimundo de Afonso), Saturnino Paulo Pereira, Antônio Neci Pereira (Naci), Lourival Paulo Pereira, Antonio Paulo Pereira, Antônia Paula Nogueira, José Paulo Pereira, Pedro Paulo Pereira e Antônio Antonilson Pereira.

(Raimundo, Saturnino, José Paulo, Antônio Paulo, Paulino, Espedito e Pedro Paulo são falecidos).

O fato de a família se destacar principalmente no comércio e, também, por ser numerosa, despertava o interesse até das lideranças políticas no sentido de contar com o apoio do clã, quando dos embates eleitorais.
Num discurso na década de 80, o então prefeito de Mossoró, Dix-huit Rosado, conhecido por ser um bom orador, no decorrer de uma dessas campanhas, tentava conquistar um voto qualificado e conclamou o patriarca: - Afonso, cadê você, com seus filhos rebeldes?

A invocação da “rebeldia” dos descendentes do velho Afonso, na verdade, soava como elogio. Remetia à coragem da numerosa prole que, no vigor da juventude, “dava um boi para não entrar numa briga”, mas, ao longo dos anos, aumentou seu círculo de amizades e a influência.

A família aguerrida, também no trabalho, ampliaria seu espaço no meio social, com o passar do tempo. A nova geração de homens e mulheres dedicados, exerceria profissões como professores, advogados e nutricionista, por exemplo.
Entretanto, não ficaria por aí. Um neto do velho Afonso, Espedito Paulo Pereira Filho (Júnior Afonso) conquistaria espaço na vida pública e seria coordenador de Desenvolvimento Rural (1997-2000), vereador (2001-2004) e vice-prefeito de Governador Dix-sept Rosado (2009-2012).

Certamente, o exemplo de Marquinhos do Balneário, e de sua família, deve inspirar outras pessoas, nesses tempos que se fala tanto de crise, a acreditarem na conquista de tempos melhores, por meio do esforço e do trabalho.

sábado, 25 de maio de 2019


É bom lembrar

Mutilados
O ano era 1981. Francisco da Silva, Fifíi de João Ferreira me procurou. “Faça uma letra. Vamos participar do Fecomp” (Festival de Compositores Populares, promovido pela Rádio Rural de Mossoró).

 Fui pra casa e escrevi. Passei pra Fifíi e ele, com o hoje bancário aposentado Alderi Nascimento, pôs a melodia na letra. No dia seguinte, estávamos na Rádio Rural, nos inscrevendo para o Festival.

Participamos da eliminatória, com dezoito concorrentes, e ficamos entre os cinco classificados. Entre os tais, João de Deus e Zélia, Lázaro (Amab), Helena e Ubirajara e Gonzaguinha Oliveira, que virou Gonzaga Sevla e hoje canta em São Paulo com o nome artístico Luís Fábio (recentemente compôs uma música para a TV Cabo Mossoró).

Na final, Dídimo de Paula, que fora a Mais Bela Voz, e estava no auge, foi escolhido o melhor intérprete.

Eis a letra de Mutilados, composta há 37 anos, quando este blogger tinha 18 anos.  

Nos céus os gigantes pássaros de prata/Voam por cima do farrapo das matas/Deixando sobre elas, a intriga das nações/Homens tombam contra o solo sem reação/Estampidos de canhão por toda parte/Humanos na defesa de um estandarte

Vamos seguindo na trilha da ambição/Todos competindo pelo poder na mão/Vamos pisando no sangue derramado/Dos nossos semelhantes mutilados//
Estampidos de canhão por toda parte/Humanos na defesa de um estandarte/Que se rasgado tal um terno costurado/Homens mortos serão cremados/Soldados mortos seus corpos decompostos/Comandantes nos seus elevados postos/Generais recebem as medalhas/Honrarias pelo triunfo da batalha.

Vamos seguindo na trilha da ambição/Todos competindo pelo poder na mão/Vamos pisando no sangue derramado/Dos nossos semelhantes mutilados//

quarta-feira, 1 de maio de 2019

Área alimentação é fonte de geração de renda

Em tempo de retração na economia, se há uma área que reage em Mossoró é a de alimentação. Pequenos empreendimentos surgem como fonte de geração de renda.

Um deles é a Panificadora SP&B – pães e similares, que coloca à disposição de seus clientes café da manhã, almoço, jantar, doces, salgados e bolos.
A panificadora também oferece serviços para atender encomendas de seu público.

Contatos por telefone (84-2142-3364), WhatsApp (84-99122-1085) e Instagram (Spbpaesesmilares_ ).

A Panificadora SP&B – pães e similares fica localizada na Rua João Marcelino, números 226/380 – Bairro Santo Antônio, no Centro Comercial da Diocese de Santa Luzia.

Jardim Imperial trabalha 
com serviços de jardinagem, 
comercializa produtos 
e cede seu espaço 
para ensaio fotográficos, 
cursos e palestras




O Jardim Imperial, de propriedade dos herdeiros de Jorge Pinto, é uma das mais belas áreas verdes da cidade de Mossoró. O extenso terreno começa na Avenida Presidente Dutra, no Bairro Ilha de Santa Luzia, e termina às margens do rio Mossoró.  

A propriedade familiar se transformou numa empresa de ramo de jardinagem, há mais de 30 anos presente no mercado.



Segundo uma de suas donas, Sandra Pinto, a empresa mantém como lema compromisso, responsabilidade e coloca à disposição de seus clientes produtos de alta qualidade, por preços competitivos.



Além do comércio dos produtos o Jardim Imperial trabalha com aluguel de plantas e ornamentos e cessão do ambiente para ensaios fotográficos, cursos e palestras.

Para saber mais, acesse as redes sociais e mantenha contato por telefone.

Instagram @jardimimperial

Facebook jardimimperial

Telefone 84-3316-4273

WhatsApp 84-98623-7120

O Jardim Imperial fica localizado na Avenida Presidente Dutra, nº 224, Bairro Ilha de Santa Luzia – Mossoró. CEP 59.625-000.










segunda-feira, 29 de abril de 2019


O significado das palavras 
de acordo com o tempo e o contexto

Vez por outra a gente percebe como é rico ou complexo o vocabulário do nosso idioma. Ao ler o livro do profeta Ezequiel, no Antigo Testamento, chama atenção em alguns capítulos a descrição de um templo, em particular o número de câmara existente, na sua arquitetura. Que câmaras são essas?, pergunto-me.

Então recorro ao dicionário online:

Significado de Câmara

substantivo feminino

Compartimento de uma casa; quarto de dormir.

Sede de certos órgãos profissionais: câmara de comércio.

Local em que se situa o órgão deliberativo e legislativo da administração de uma cidade: câmara municipal.

Local em que algumas pessoas se reúnem em assembleia tendo funções deliberativas: câmara dos deputados.

Local onde estão estabelecidos os órgãos legislativos: câmara federal.

Qualquer local vedado: câmara frigorífica.

Cavidade destinada a receber um cartucho, um explosivo: câmara dos torpedos, nos submarinos.

Lugar onde se deixa um morto para o velório: câmara mortuária.

Câmara fotográfica, máquina fotográfica ou máquina de filmar.

A propósito do assunto do significado ou ressignificação das palavras, achei interessante exposição do pastor Marcos Gladstone, da Sociedade Bíblica do Brasil, sobre a linguagem adotada em novas edições bíblicas produzidas por aquela conceituada editora.

O pastor Marcos afirma que palavras nascem e morrem, de acordo com a época, e têm significado conforme o contexto no qual estão inseridas. Por isso, a Sociedade Bíblica está atualizando a linguagem para os dias atuais, com o objetivo de facilitar a compreensão do leitor.

De acordo com o pastor Marcos Gladstone, no passado traduções ou versões bíblicas usavam a palavra caridade, como sinônimo de amor. Mas, nos dias atuais, caridade é empregada mais para falar de assistência ou ajuda aos necessitados, por exemplo.

Para explicar melhor essas mudanças no significado das palavras, com o passar dos anos, o pastor Marcos dá a seguinte exemplo. Imagine, se nos dias de hoje, o marido fosse dizer para a mulher:

- Casei com você por caridade.

Certamente, a reação da esposa não seria a mesma de quando o marido diz:

- Casei com você por amor.

quinta-feira, 11 de abril de 2019

Apesar da eliminação, 
campanha do Potiguar no Estadual
 agrada torcedor


Os torcedores que foram ao estádio Leonardo Nogueira, em Mossoró, na noite de ontem (quarta-feira, 10 de abril), viram América de Natal eliminar o Potiguar, e conquistar o segundo turno do Campeonato Estadual. 

Mais do que em outras épocas, a força do futebol atualmente advém das condições financeiras. Diante da difícil realidade do nosso futebol, o Potiguar até fez uma campanha razoável. 

Em que pese a situação desse esporte no RN, os times da capital, outrora sempre pujante, são mais estruturados do que as equipes de Mossoró, que, neste ano, teve o Baraúnas fora do Campeonato Estadual. 

O que ainda resiste do futebol local, decorre da persistência de homens como Luiz Escolástico, Manoel Barreto, Armando Duarte, João Dehon, os irmãos Renê e Nivaldo Dantas, Jorge do Rosário, Benjamin Machado (só para citar alguns) e de um remanescente de torcedores apaixonados. 

O Potiguar foi impulsionado pelo futebol de jogadores como Jefinho, um dos artilheiros da competição. E do talentoso Wilson, que sofreu fraturas de tíbia e fíbula da perna esquerda, e fez muita falta ao time-macho. 

Veja matéria do programa Tela Esportiva, da TV Cabo Mossoró, 
sobre o jogador Wilson. 




terça-feira, 9 de abril de 2019


Mossoró impermeável

A população de uma Mossoró de solo impermeabilizado sofreu, notadamente no sábado dia 30 de março, com alagamentos em diferentes pontos. As águas da forte chuva daquela tarde causaram transtornos do centro à periferia, invadindo casas e estabelecimentos comerciais.

O alagamento afetou vias de grande fluxo, como as avenidas Alberto Maranhão, Diocesano, Rio Branco, João Marcelino, João da Escóssia, ruas José Damião e Marechal Deodoro, só para citar algumas.  

A pavimentação de ruas, as construções de condomínios verticais e horizontais, estabelecimentos comerciais e obras de infraestrutura como viadutos, sem serviços de drenagem adequados, seriam as principais causas do quadro caótico, em dias de chuvas mais intensas.

Asfalto, pedra, concreto, ferro e cimento, em metros cúbicos e quadrados impermeabilizaram bairros de Mossoró. Sem mencionar o lixo jogado por uma parcela da população, em canais e galerias, as quais deveriam possibilitar o fluxo das águas.

domingo, 24 de fevereiro de 2019

Planejamento urbano 
precisa disciplinar construções
 às margens do rio e da RN 117

Foto: Paulo Martins


A beleza rara de Poço das Pedras, que sobrevive à depredação

Algo precisa ser feito em termos de planejamento urbano, para disciplinar as construções às margens da RN 117 e do Rio Apodi-Mossoró, em Governador Dix-sept Rosado, principalmente no trecho que compreende a saída para a cidade de Caraúbas.

As edificações nas proximidades do rio e da rodovia afetam o meio ambiente (em relação ao rio) e a segurança no tráfego (no que diz respeito àquela via), sem falar no prejuízo à estética urbana.

Em Dix-sept Rosado, o Rio Apodi-Mossoró possui trechos de rara beleza. Um exemplo é o “Poço das Pedras”, à margem da RN 117, à saída para Caraúbas.

Apesar da depredação na referida área, a natureza ainda preserva margens compostas por rochas calcárias, mata ciliar e água cristalina, em parte de seu leito.

A educação ambiental e a melhora do visual urbano constaram de ações da gestão do prefeito Gilberto Martins (1997-2000/2001-2004). Naqueles anos, por exemplo, o município erradicou uma favela na saída para Caraúbas, substituída por 70 casas de alvenaria.

Houve resistência de uma parte dos moradores, os quais não queriam que as casas de taipa fossem demolidas. A administração passou por desgaste até que houvesse o convencimento das pessoas contempladas com novas casas.

Ao mesmo tempo, a gestão municipal planejava preservar a área denominada Poço das Pedras, inclusive com a retirada de uma construção sobre uma furna (caverna), de modo que passasse a ser um local visitado por pessoas de Dix-sept Rosado e até de outros municípios.

Diante da incompreensão de algumas pessoas e de mais um desgaste, o projeto terminou sendo adiado.

Com o passar dos anos, construções de estabelecimentos comerciais e de prestação de serviços ocorreram naquela área, muito próximas tanto da rodovia quanto do curso dor rio.

terça-feira, 12 de fevereiro de 2019

Economia do campo


Nas minhas poucas andanças aqui pelo nosso Estado, e também no vizinho Ceará, fico admirado com empreendimentos erguidos a partir de produtos baseados na produção do campo, agricultura e pecuária familiar. 

No RN, as queijeiras (ou queijarias) localizadas na região entre Angicos e Assú, à margem da BR 304, movimentam a economia regional. 

Uma delas é a Opção, localizada no sítio Sombra, município de Angicos, no quilômetro 135 da BR 304, da empresária Jaciane da Silva Pereira. O queijo de manteiga está entre os produtos preferidos pelos clientes, assim como o leite, o café, tapiocas, massas e doces. 

Na localidade de Quatro Bocas, em Beberibe – CE, a Tapiocaria Parada Obrigatória, do comerciante Marcos Carvalho, também é exemplo de sucesso. Evidentemente, a tapioca de goma, com recheios de queijo de manteiga, coalho e carnes, é o destaque na preferência de seu público. Parada Obrigatória está localizada no quilômetro 100, da Rodovia CE 040.  

Lembro que, tempos atrás, comércios estabelecidos à beira da RN 117, próximos a localidades como Camurim, por exemplo, entre Governador Dix-sept Rosado e Mossoró, eram pontos de parada para muitos viajantes. O bolo de leite, com cafezinho, satisfazia os consumidores. 

A propósito do assunto, no dia 23 de fevereiro do ano passado escrevi: 



É preciso recomeçar

As dificuldades econômicas nos últimos anos, no País, afetam sobretudo os pequenos municípios. E exigem das gestões a busca de meios ou utilização daqueles que estão ao alcance das mãos produtoras. 

Numa região marcada pela escassez das chuvas, quando elas, caem é preciso saber aproveitá-las da maneira mais racional possível. 

Preparar o solo e lançar as sementes, no tempo certo, pode ser um passo para retomar o crescimento, a partir do campo. Se não, pelo menos sair da estagnação atual. 

Esse recomeço passa pela vocação dos pequenos produtores nas atividades primárias. A exploração de culturas tradicionais como milho, feijão, jerimum, batata doce, melancia, cebola, tomate e pimentão, por exemplo, sustentaram famílias ao longo dos anos. 

Sem excluir a criação de animais bovinos, caprinos, ovinos e suínos, que também se constituiu base da pecuária familiar, é necessário fortalecer o setor primário da economia, que repercute no comércio e até na indústria alimentícia. 


Em síntese, a retomada do crescimento passa pelo resgate das vocações de homens e mulheres e pode despertar as novas gerações para o trabalho e o desenvolvimento sustentável.  

sábado, 12 de janeiro de 2019

O Ceará é aqui

A onda de ataques que assola o Estado do Ceará chamou a atenção do País e de outras unidades da Federação. Há pelo menos 10 dias, facções criminosas promovem o terror em Fortaleza e em cidades do interior cearense.

Mas, o que ocorre no vizinho estado, potencialmente está presente em todo o País, e, em particular, no nosso Estado.

Todos os dias, em algum lugar deste país (particularmente no Rio Grande do Norte) acontecem assaltos, assassinatos, invasões a residências explosões em agências bancárias, consequência das variadas formas de agir do crime organizado.

O quadro atual não de se desenhou da noite para o dia. Há pelo menos uns 40 anos ganhou impulso nas grandes capitais e metrópoles e se espalhou pelo Brasil, diante da inércia e da perplexidade de todos nós.

Agora, já era. Não há outra forma senão enfrentar, não só os seus efeitos, mas, também as suas causas.

O que esperar de um país onde quase 55 milhões pessoas vivem em situação de pobreza?

Qual o futuro de uma criança que vive, por exemplo, em comunidades como Santa Helena, Fio e Forno Velho, em Mossoró, por exemplo.

Verdadeiramente, a solução para a violência no nosso país não virá com a permissão legal para a posse de armas pelo cidadão tampouco com a ação de snipers (atiradores de elite) nas áreas dominadas pelas facções.

Deve-se começar com ações que contemplem as desigualdades sociais no território brasileiro.