segunda-feira, 8 de junho de 2015

Um fio de esperança

Parece ser algo nostálgico, o que vou dizer. Mas, como foram bons meus tempos de menino e de juventude. Apesar das dificuldades materiais e financeiras, havia um “mundo” ao meu redor, no qual eu podia me mover. Bastava meu pai ficar sem uma de suas meias, e tínhamos uma bola de futebol.

Melhor explicar para os meninos de hoje. Com uma meia de sapato, retalhos de pano, linha, agulha e um pouco de criatividade fazia-se uma bola para jogar no quintal de casa ou nos muitos espaços existentes à época.

Nos dias atuais, dói no coração ver os descaminhos pelos quais tantos garotos e jovens enveredam. A indisposição para o trabalho, a bebida e as drogas os arrastam nas periferias para a marginalidade e os desviam do que deveria ser o curso natural de suas vidas.

O namoro, os estudos, a formação profissional, o trabalho e a constituição de uma família vão ficando distante de sua realidade.


Para nós, tudo era tão limitado, mas havia satisfação, embora existisse a inquietação inerente a todo menino que sonha. Apesar das adversidades, sempre havia no brilho dos olhos um fio de esperança em relação ao amanhã. 

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